segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Como tudo começou...

O conceito de “Web 2.0” começou com uma conferência de brainstorming entre a O’Reilly e a MediaLive International. Dale Doughherty, pioneiro da web e vice-presidente da O’Reilly, notou que, ao contrário de haver explodido, a web estava mais importante do que nunca, apresentando intrigantes aplicações novas e sítios de sucesso eclodindo com surpreendente regularidade. E, melhor ainda, parecia que as empresas que haviam sobrevivido ao colapso tinham algo em comum. Será que o desmoronamento dot com marcou uma espécie de ponto fulcral dando sentido a uma palavra de ordem do tipo “Web 2.0”? Achámos que sim e, desse modo, nasceu a Conferência Web 2.0.
No ano e meio que se seguiu, o termo “Web 2.0” claramente consagrou-se com mais de 9,5 milhões de menções registadas no Google. Mas ainda existe um enorme desacordo sobre o que significa Web 2.0, alguns menosprezando a expressão — como um termo de marketing sem nenhum sentido — e outros aceitando-a — como a nova forma convencional de conhecimento.
Esse artigo é uma tentativa de esclarecer o que queremos dizer com Web 2.0.
No brainstorming inicial, formulámos a nossa ideia de Web 2.0 através de exemplos:


Web 1.0 Web 2.0
DoubleClick --> Google AdSense
Ofoto --> Flickr
Akamai --> BitTorrent
mp3.com --> Napster
Britannica Online --> Wikipedia
personal websites --> blogging
evite --> upcoming.org and EVDB
domain name speculation --> search engine optimization
page views --> cost per click
screen scraping --> web services
publishing --> participation
content management systems --> wikis
directories (taxonomy) --> tagging ("folksonomy")
stickiness --> syndication

A lista era interminável. Mas o que nos fazia identificar uma aplicação ou abordagem como “Web 1.0” e outro como “Web 2.0”? (A pergunta é especialmente premente porque a noção de Web 2.0 tornou-se tão popular que actualmente companhias estão usando o termo como uma palavra-chave de marketing sem realmente entender o que quer dizer. É particularmente difícil porque muitas dessas novas empresas viciadas na palavra-chave definitivamente não são Web 2.0 e alguns das aplicações que identificamos como Web 2.0, como o Napster e o BitTorrent nem mesmo são verdadeiras aplicações web!) Começamos por tentar trazer à tona os princípios que, de alguma forma, são demonstrados por histórias de sucesso de web 1.0 e pelas novas aplicações mais interessantes.
Tim O’Reilly

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